Eu canto coco e ninguém fica parado
O meu coco e tocado de Natal a Maceió
Coco trocado, requebrado da praieira
Cantador que não é bom deixa a língua dá um nó
Você faz coco como um tiro num escuro
Eu faço coco tirado de pensamento
Coco de roda, de embolada no pandeiro
Batendo palma de mão numa latada, num terreiro
Coco de praia, do sertão e do ganzá
Quando toca numa latada bota a roda pra girar
E na batida do tamanco ritmado
Deixa o corpo acalantado ninguém para de dançar
Eu penso em coco no morro da Conceição
Tu canta coco na tua imaginação
Eu improviso, na calçada, na estrada
Canto, crio, dou sincopada mas não perco a direção
Coco zambê, coco da lua, verdadeiro
Bate forte no pandeiro fazendo o couro esquentar
Um desafio desde o tempo de vovó
Deixa o cantor por um fio dos pés até o gogó